quinta-feira, 26 de março de 2015

Uma linguagem muito própria...

O coração tem uma linguagem própria e por vezes entendemo-lo outras vezes não. Há alturas que tomamos decisões por ignorância, por desejo, por influência, por razões que a própria razão desconhece, como dizia o poeta. E a nossa mente fica confusa com as consequências, porque nem sempre os resultados nos trazem felicidade. O curioso é que mesmo nestas alturas o nosso coração diz-nos sempre a verdade, mesmo que a verdade nos traga dor,   mesmo que não a consigamos entender. 
Por vezes ele (coração) quer sentir quando só queremos esquecer, insiste em ficar quando só nos queremos distanciar, pede para arriscar quando só queremos sobreviver, quer ir quando nem estar queremos.
Na linguagem do coração o desconhecido não é assustador é encorajador, o tempo não se esgota, expande, a saudade não é tristeza é calor, é alegria de termos dentro de nós a possibilidade de sentir o outro mesmo que à distância e o único apego é exclusivamente pela liberdade do nosso Ser e do Outro. 
O coração não conhece a linguagem do medo, pois este não existe quando há amor.
A linguagem do coração é própria porque não mente e está disponível sempre que a quisermos e soubermos ouvir sem ter de ir a lado nenhum, só temos de perguntar suavemente e escutar...
Ontem falou-me sem lhe ter perguntado nada. Quis dizer-me que tudo está certo, que é bom ter consciência do sentimento e activamente aceitar, seja ele qual for. Mesmo que não tenhas uma resposta entrega-te e aceita o que vier, a verdade virá se tiver de vir disse-me ele. Aguarda não aguardando. Vive. Vive sempre e celebra tudo o que puderes e te lembrares. Eu cá estarei a todo o tempo, mesmo que não me queiras perguntar nada. 
Grata pela tua Presença coraçãozinho, grata por te Sentir...

Sem comentários:

Enviar um comentário